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Histórico

A Faculdade Metodista de Teologia e Ciências Humanas da Amazônia é mantida pelo Instituto Metodista da Amazônia, parte do Sistema Educacional Metodista no Brasil, que conta atualmente com cinqüenta e quatro escolas, e tem ligação histórica com mais de 250 (duzentos e cinqüenta) anos de Educação Metodista em diversos países. O marco original está na abertura da Kingswood School, em 24 de junho de 1748, por John Wesley, na Inglaterra. A primeira instituição educacional brasileira metodista foi o Colégio Piracicabano, fundado em 1881.

Para melhor se entender a criação do Instituto Metodista da Amazônia há que se referir ao processo de formação e desenvolvimento da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (FTIM) e, de modo especial, à sua instalação no Bairro de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, SP.

Em 1890, em Juiz de Fora, havia sido criado o Seminário do Granbery, posteriormente reconhecido como Faculdade de Teologia. Em outra parte do país, no contexto do Porto Alegre College, RS, uma Escola Bíblica, na década de 30, também havia passado a ser Faculdade de Teologia. Em 1937, decidira-se transferi-la para Passo Fundo, RS. O Terceiro Concílio Geral da Igreja Metodista (Juiz de Fora, fevereiro de 1938) aprovou a unificação dessas duas instituições teológicas, optando por uma única Faculdade de Teologia a sediar-se em São Paulo.

De 1940 a 1942, a Faculdade de Teologia unificada instalou-se na Rua Cubatão, nº 948, Vila Mariana, São Paulo. Em junho de 1942, transferiu-se para o seu local definitivo: o Bairro dos Meninos (hoje Rudge Ramos) em São Bernardo do Campo, em uma propriedade de 67.924 m2, instalando-se no primeiro prédio (hoje denominado Alfa) erguido no campus, e em quatro residências para docentes. A Igreja Metodista, na década de 50, aprovou para a Faculdade de Teologia um grande plano de edificações. Teve início a implementação de um detalhado projeto arquitetônico no campus para atender exclusivamente à Faculdade de Teologia. Entretanto, os contextos da vida nacional e da esfera eclesiástica iriam apontar novos rumos para o uso do espaço institucional.

A partir de 1972, tendo como mantenedora o Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS), iniciaram-se Faculdades e cursos. Sucessivas ampliações de cursos e projetos redundaram na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), credenciada em julho 1997. Simultaneamente a Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (FTIM) seguia cumprindo sua missão, ministrando cursos livres. Com a aprovação do Parecer CES/CNE no 241/99, o Curso de Teologia da FTIM, bacharelado, em 2001 obteve o status de curso com reconhecimento, tendo sido avaliado com a nota máxima, ou seja, A + (A mais).
Na década de oitenta, a FTIM já havia dado início a programas de estudo fora de sua sede, como atividade de extensão, levando grupos de estudantes e docentes a realizarem, no Nordeste e Norte do país, cursos de formação para leigos e leigas. Isso também aconteceu na Igreja Metodista em Rondônia. Em 1991, o Concilio Geral da Igreja (Juiz de Fora) aprovou o oferecimento do Programa Especial de Formação Pastoral (PEFP) tendo em vista proporcionar aos evangelistas o ingresso no ministério pastoral da igreja. O Colégio Episcopal desafiou a FTIM a oferecer em Rondônia esse PEFP. Isso ocorreu nas dependências da Igreja Metodista Central em Porto Velho. Pelo menos oito pastores(as) concluiriam o curso. O Bispo Rozalino Domingos incentivava a ampliação dos vínculos entre a FTIM e os Campos Missionários do Norte e Noroeste (hoje Campos Missionários da Amazônia – CMA – nome de uma das áreas eclesiásticas da Igreja Metodista no Brasil).

Em 1992, decide-se adquirir em Porto Velho uma propriedade específica para a abertura de atividades avançadas da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (que, no presente texto, estamos denominando Instituição Educacional Superior precedente ou, simplesmente, IES precedente). A compra se concretizou em 1993 pelos esforços da FTIM, do Instituto Metodista de Ensino Superior, da Universidade de Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e da Área Geral da Igreja Metodista. Na época, o prédio adquirido e ampliado também acolheu a Sede Episcopal do Campo Missionário da Igreja Metodista naquela região. Iniciaram-se cursos de capacitação para o laicato. Em fevereiro de 1995 teve início a primeira turma regular do Curso de Formação Teológico Pastoral (CFTP: um curso noturno de três anos, com 1200 h/a).

Em 1998, a Sede Episcopal transferiu-se para local próprio, possibilitando a ampliação de atividades da IES. Em 2002, iniciou-se o Curso Teológico Pastoral (CTP, um curso noturno de 4 anos com 3080 h/a, segundo o padrão da FTIM, porém contextualizado para a Amazônia) e o oferecimento de uma Complementação para pessoas já formadas no anterior CFTP e que possuíssem também um Curso Médio concluído. Além disso, foram desenvolvidos e oferecidos núcleos de formação de laicato, para os quais convergiam pessoas vindas de Vilhena, Boa Vista, Rio Branco, Belém, de outras cidades de Rondônia e da toda região de Amazônia.

A IES precedente oferecia desde 1995 um Curso Superior de Teologia, denominado Curso Teológico Pastoral. Segundo a legislação educacional brasileira, tratava-se de um curso livre (uma vez que ainda não havia sido editada a Resolução CES/CNE no 241/99). Em agosto de 2001 o Conselho Diretor da FTIM (sediada em São Bernardo do Campo) viajou para reunir-se em Porto Velho, com o objetivo de conhecer as condições locais. Na ocasião, decidiu-se em favor da criação de uma Instituição Educacional na cidade com o objetivo de oferecer cursos superiores. O Colégio Episcopal da Igreja Metodista foi favorável a essa decisão.

Em julho de 2002 a administração geral da Igreja Metodista aprovou o Estatuto do Instituto Metodista da Amazônia – IMA – instituindo assim a Mantenedora de unidades educacionais. Sendo a Faculdade Metodista de Teologia e Ciências Humanas da Amazônia a primeira unidade educacional constituída para, inicialmente, oferecer o Curso de Teologia, Bacharelado, numa visão missionária, contextualizada e de alto padrão para contribuir no desenvolvimento da Região Norte no Brasil, ampliando as oportunidades educacionais.